Primeiro de tudo precisamos entender o que é a moleira e o porquê ela é molinha no início da vida do bebê.
A cabeça do recém-nascido é formada por seis ossos e a sutura (tecido flexível e elástico). A região “mais macia” é chamada de moleira, mas o nome científico é fontanela. Temos 2 fontanelas na cabecinha da criança, a primeira na região da frente da cabeça e a segunda na parte de trás.
A moleira existe para facilitar o parto, por ela ser molinha é possível que haja uma movimentação dos ossos. Assim como todas as partes do corpo da criança, o crânio ainda está em fase de desenvolvimento e crescimento dos ossos, em determinado momento esses espaços se fecharão.
Mas o que fazer quando a moleira fecha precocemente?
Geralmente a moleira localizada na frente da cabeça do bebê demora mais tempo para se solidificar (de 12 a 18 meses). Já a parte de trás da cabeça demora mais ou menos 2 meses. Esse tempo pode variar um pouco, mas a criança já terá a sua cabecinha dura até os 2 anos de idade.
Se a moleira fechar antes do tempo “normal”, quando o bebê estiver com 4 ou 4 meses, isso poderá causar certas dificuldades no desenvolvimento cerebral do bebê.
Esse fechamento precoce da moleira é chamada de cranioestenose, mais conhecida como “doença da moleira fechada”.
Alguns bebês têm craniossinostose porque herdaram certas características genéticas de um ou de ambos os pais. Outras causas não são totalmente compreendidas, mas podem estar relacionadas ao crescimento ou posição fetal ou a outras condições durante a gravidez.
Uma cabeça de formato irregular é a característica mais notável da craniossinostose e geralmente é observada no nascimento ou logo após o nascimento. Os exames de imagem (como raio-X do crânio, tomografia computadorizada e ressonância magnética) podem ser feitos para confirmar o diagnóstico.
A craniossinostose é tratada com cirurgia para permitir que o crânio volte à sua forma normal, cresça normalmente e evite complicações futuras.
Agora vamos falar sobre os cuidados que devem ser tomados para com a moleira.
Em hipótese alguma, aperte a região da moleira, isso evitará que você provoque traumas por ser muito sensível. Na hora do banho, lave a cabecinha do bebê de uma forma delicada, tanto com a parte da frente, quanto a de trás.
Caso perceba que alguma coisa está diferente na formação da cabeça do bebê não hesite em falar com o pediatra!
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Um beijo, Dra. Kelly Marques Oliveira
Pediatra, Alergia e Imunologia e Consultora Internacional de Amamentação (IBCLC) – CRM 145039 RQE 47171 | 88906
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