BIRRAS NA PANDEMIA: APRENDA A LIDAR!
As famosas “birras” fazem parte da realidade de muitos pais, principalmente agora durante a pandemia onde as crianças ficam em casa por muito mais tempo e acabam entediadas, frustradas e, muitas vezes, nervosas por não entenderem de fato a situação.
Uma criança muitas vezes não entende suas próprias emoções, mesmo que queira expressá-las, e essa frustração se dá em forma do que muitos chamam de birra.
Mas o que de fato é essa tal de birra?
O que chamamos de birra nada mais é do que a criança aprendendo a se posicionar diante das negações dos adultos. Não existe desenvolvimento saudável sem birra, afinal a criança está em uma “luta” interna com seus desenvolvimentos e vontades! Por fazer parte do desenvolvimento do cérebro da criança, tem relação com a construção da linguagem dos pequenos, podendo se manifestar a partir do primeiro ano de vida.
Biologicamente, as birras correspondem a descargas de adrenalina e cortisol liberadas pelo cérebro! Por isso as reações são tão exageradas, como crises de choro, de raiva ou gritos.
Elas são mais comuns entre 1 e 3 anos de idade, mas em alguns casos podem acontecer até os 5 ou 6. Aos 2 anos de idade ocorre a fase chamada de “Terrible Two“, ou seja, a famosa “adolescência do bebê”, onde aquela criança até então calma e obediente pode começar a apresentar comportamentos contrários
Mas esclarecendo aqui aquela dúvida tão comum que muitos pais tem: bebês NÃO FAZEM birra! Eles não possuem o desenvolvimento neurológico para isso! Um bebê mal sabe que nasceu, que saiu do útero, não entendo do conceito da birra, que nada mais é fazer um comportamento esperando algo dos pais em troca.
E O QUE FAZER PARA LIDAR COM AS BIRRAS?
Principalmente na quarentena, em que os pequenos andam tão estressados?
Pense dessa forma: se os adultos estão frustrados com essa situação, imagine as crianças. Eles precisam de atenção e compreensão redobrada nesse momento, ainda que seja difícil.
Por isso, o primeiro passo é PACIÊNCIA. Exige bastante dos pais, e das crianças também, mas é preciso. Ajude seu filho a entender o que ele está sentindo, converse bastante, explique, exemplifique. Ajude-o a nomear cada sentimento.
Caso ele faça algo errado, como jogar coisas, ao invés de brigar, tente explicar que aquilo te chateia e que é errado! Eu faço dessa forma aqui em casa com a Esther, também não estamos livre das birras!
Seja firma, ajude-o a pensar racionalmente em suas ações, e não dê o que ele quer “logo de cara” apenas para parar com o choro. É preciso explicar o que está acontecendo.
Outra opção também é desviar o foco! Durante um ataque de birra, quando a criança não conseguir se acalmar para te ouvir, uma dica é distraí-la de alguma maneira, com música, brinquedos ou até colo.
O passo principal é, sem dúvidas, aceitar que seu filho está passando por um grande processo de desenvolvimento, e como todos os outros ele não vem facilmente. Quando seu filho estiver mais calmo após a birra, tente conversar novamente, explicar que aquele comportamento ocorreu porque ele estava “triste” ou “nervoso”.
Na teoria parece simples, mas sei que na prática não é, afinal com o estresse do dia a dia os pais estão muitas vezes no limite e acabam gritando ou perdendo a calma, mas como eu disse, é um exercício diário de paciência!
Resumindo?
- Ajude-o a entender o sentimento e valide-o
- Explique as consequências daquele comportamento negativo
- Faça combinados, e cumpra-os
- A emoção deve ser diferente da reação
- Mude o foco da raiva do pequeno
- Valorize o não!
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Dra Kelly Marques Oliveira
CRM 145039
Consultório particular em São Paulo: (11) 5579-9090
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