A gestação do bebê não termina após o nascimento!
Durante a gestação intrauterina, ou seja dentro do útero, o bebezinho pouco a pouco se forma e se desenvolve. Esse processo costuma durar cerca de 38 semanas (ou menos em caso de prematuros).
Então chegamos ao nascimento, o momento tão esperado, e muitos pais acreditam que no momento em que o bebezinho sai do útero a gestação acaba, mas não é bem assim!
Quando olhamos ou pegamos no colo um recém-nascido, uma das primeiras coisa que nos vem à cabeça é: fragilidade. E é exatamente isso: bebês recém-nascidos ainda são tão frágeis e dependentes dos pais que é necessário reproduzir as condições uterinas para que o bebê consiga se acostumar aos poucos com o mundo exterior e para que consiga assimilar que ele e a mãe não são um único individuo, mas sim dois diferentes.
O processo de exterogestação é justamente sobre isso: muito além do desenvolvimento físico, trata-se de uma questão de maturação fisiológica! O bebê precisa entender que não está mais dentro do útero, local em que ele se sentia protegido e seguro.
A missão dos pais é fazer com que ele se sinta protegido e seguro fora do útero, o que pode levar um tempo! Por isso dizemos que a gestação dura 12 meses, e não apenas os 9 intrauterinos. Esses três primeiros meses após o nascimento são essenciais para a adaptação extrauterina.
É daí que vem o nome EXTEROgestação: extero, que significa “fora” ou “externo”, e gestação, do ato de gestar, gerar uma vida.
👉E como tornar o ambiente seguro e acolhedor para o bebezinho em fase de exterogestação?
Você deve reproduzir aquela sensação de acolhimento que ele sentia dentro do útero, ou seja, os sons, a temperatura, o ato de estar “embaladinho” e confortável.
Para fazer isso, existem algumas técnicas que ajudam a recriar esse ambiente intrauterino, como:
BALANÇO SUAVE: Com o bebê nos braços, você pode simular um balanço suave com o corpo para acalmá-lo.
SHUSHING: O Shushing, ou ruído branco, são sons suaves que simulam aqueles que o bebezinho ouvia de dentro do útero. Todos os sons exteriores eram abafados, portanto para fazer o shushing você pode repetir o som “shhh” não tão baixo, mas não tão alto. Existem músicas e vídeos que simulam esses sons, mas a voz da mãe tem um efeito bem maior pois o bebê já está familiarizado com ela.
BANHO EM OFURÔ: O banho morninho no ofurô próprio para bebês simula a temperatura intrauterina e a sensação de proteção por ser um espaço pequeno, então é perfeito para ajudar o bebê a se manter mais calmo (e pode ajudar até mesmo a diminuir as cólicas).
MASSAGEM SHANTALA: Além de uma técnica de massagem infantil, a Shantala é uma forma de comunicação que transmite amor pelo toque sutil das mãos. Ela proporciona relaxamento e bem estar, acalmando a mente e o corpinho do bebê.
LIVRE DEMANDA E SUCÇÃO NÃO NUTRITIVA: A amamentação em livre demanda ajuda em vários aspectos do desenvolvimento do bebê, e simula a forma em que ele era alimentado anteriormente. E mesmo se o pequeno estiver apenas sugando, não há problema, pois isso é sinônimo de conforto, aconchego e vínculo.
COLO, CARINHO E AMOR: E por último, mas não menos importante, é dar muito colo e amor ao bebê. O pele a pele é essencial, o cheiro, a temperatura do corpo e sua voz são como mágica e fazem toda diferença para o recém-nascido que por meses esteve unido a mãe.
Agora você já sabe que a exterogestação existe e que o bebezinho continua em constante desenvolvimento e adaptação mesmo após seu nascimento!
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Dra Kelly Marques Oliveira
CRM 145039
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