O leite materno é o melhor alimento para o bebê em termos nutricionais, tem componentes, como anticorpos e citocinas, que protegem contra infecções e inflamação e ajuda no desenvolvimento de alguns órgãos, como o intestino e cérebro.
Os recém-nascidos prematuros muitas vezes não conseguem mamar no peito e o leite materno ordenhado da mãe ou de um banco de leite, e até mesmo o leite materno fortificado, são opções fundamentais no cuidado.
A fortificação do leite humano é importante para suprir os déficits nutricionais de alguns prematuros. Quando comparada com nenhuma fortificação, o uso do fortificante foi capaz de melhorar o ganho de peso, comprimento e perímetro cefálico, sem diferença na mineralização óssea ou neurodesenvolvimento. Mas o fortificante a base de leite humano não é sempre acessível e muitas vezes não se utiliza nenhum ou são utilizados aqueles a base de leite de vaca.
A dieta exclusiva de leite humano inclui: leite materno, leite humano ordenhado e fortificante a base de leite humano. Essa dieta é importante também na prevenção de algumas doenças.
Vamos conferir algumas?
- Diminuição do risco de enterocolite necrosante com dieta exclusiva de leite humano comparado com fórmula em bebês muito pré-termos.
- Aparente diminuição da retinopatia da prematuridade grave com dieta exclusiva de leite humano e essa diminuição é maior com fortificante à base de leite humano em comparação com o fortificante à base de leite bovino.
- Aparente diminuição de sepse de início tardio e displasia broncopulmonar com maior dose de leite humano.
A dieta exclusiva de leite humano é a mais eficaz, mas é importante ressaltar que qualquer ingestão de leite humano é melhor do que apenas fórmula. Os benefícios também são observados mesmo quando o fortificante a base de leite bovino é utilizado.
Nem sempre conseguimos atingir o ideal, mas mesmo assim devemos incentivar o consumo de leite humano, em qualquer quantidade que for possível na situação.
Fonte:
Sarah N. Taylor. Solely human milk diets for preterm infants. Seminars in Perinatology. Volume 43, Issue 7, 2019, 151158, ISSN 0146-0005. https://doi.org/10.1053/j.semperi.2019.06.006.
