Se você já se perguntou se a sua alimentação influenciará no leite que você oferta ao seu filho, a resposta é sim! Vamos ver o que dizem os estudos?
Ácidos graxos: Os estudos são discordantes. A maioria demonstra associação positiva entre ingestão e quantidade no leite materno, mas outros não demonstram nenhuma relação. Esses resultados incluem também gorduras trans e poli-insaturados.
Ácido docosahexaenóico (DHA): A frequência de ingestão de peixes foi correlacionada positivamente com a quantidade de DHA no leite humano.
Vitamina C e B12: O teor das vitaminas no leite é diretamente associado à ingestão materna. No caso da B12, os níveis no soro e no leite foram significativamente mais baixos em mães ovolactovegetarianas.
Vitaminas A e E: A ingestão da mãe está correlacionada ao seu conteúdo no leite materno. No caso da vitamina A, associa-se principalmente ao consumo de alimentos ricos nessa vitamina, como a batata doce.
Vitamina B1: A maior ingestão de vitamina B1 foi significativamente relacionada a níveis aumentados de B1 no leite maduro.
Zinco, cobre e ferro: Não foi encontrada relação com o consumo.
Cálcio e cobre: Também são influenciados pela ingestão da mãe.
Selênio: A ingestão de ovos mostrou correlação positiva, mas fraca, com os níveis de selênio de leite materno.
Chumbo e mercúrio: A ingestão de peixes foi significativamente associada à presença de chumbo, mas não a do mercúrio no leite.
Cromo: Não há correlação com a ingestão.
Arsênio, cádmio, chumbo e alumínio: A ingestão de alimentos enlatados não apresentou correlação com o conteúdo.
Açúcar, proteína e aminoácidos: A dieta materna ou as porcentagens de gordura corporal da mãe não foram associadas com a composição do leite. Mas há uma correlação inversa entre a adiposidade materna e o teor de açúcar do leite. A qualidade e a quantidade de proteína eram relacionadas à relação caseína-proteína do soro de leite, tendo relação positiva com a ingestão de proteína materna. Também foi encontrada correlação entre a concentração de proteína total no leite humano e a ingestão energética diária materna.
Suplementos de óleo de peixe: A maioria dos estudos que usaram suplementos de óleo de peixe mostraram um efeito significativo sobre o conteúdo de DHA e EPA no leite materno.
Vitaminas lipossolúveis e pró-vitaminas: Uma dieta materna com óleo de palma vermelha aumentou os carotenóides pró-vitamina A no leite materno. Além disso, a suplementação com óleo de fígado de bacalhau se correlacionou com níveis significativamente mais baixos de gama-tocoferol no leite materno, mas outras vitaminas lipossolúveis não foram afetadas por essa suplementação. Uma associação direta foi observada entre a mãe e níveis infantis de 25-hidroxi-vitaminaD, sugerindo que a ingestão materna de vitamina D aparece diretamente no leite humano.
Colina: A maior ingestão de colina na lactação melhorou o teor de colina no leite.
Múltipla suplementação: Suplementação diária com múltiplos micronutrientes (zinco, vitamina A e folato) durante a gravidez não alterou seu conteúdo no leite materno.
Selênio: Não se encontrou correlação com a ingestão materna.
Ferro: A suplementação de ferro resultou em melhora significativa do hematócrito e dos níveis de receptor de transferrina, mas não teve efeito sobre o status de folato materno ou folato e ferro do leite materno.
Cálcio: Suplementos não tiveram efeito sobre o cálcio do leite materno.
Ovalbumina: A ingestão de ovo na dieta materna aumentou o nível de ovalbumina no leite humano.
Proteína: A redução da ingestão de proteínas foi associada à diminuição nitrogênio não proteico e conteúdo total de aminoácidos livres no leite materno. A redução da proteína dietética não afetou a quantidade de leite humano, nem a quantidade de proteína conteúdo de nitrogênio, aminoácidos ligados a proteínas e lactoferrina.
Tirosina: A tirosina oral não teve efeito sobre o conteúdo total de tirosina no leite.