ABRIL AZUL: Será que meu filho tem autismo?

SINAIS, CAUSAS E TRATAMENTO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

Hoje vamos falar um pouquinho sobre esse assunto cada vez mais frequente e ajudar a descomplicar o Autismo. Vem comigo!

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do desenvolvimento neurológico, caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de comportamentos ou interesses repetitivos ou restritos.

Algumas crianças são diagnosticadas muito tarde e isso é preocupante, pois a intervenção precoce está associada a ganhos significativos no funcionamento cognitivo e adaptativo da criança.

Então quais os sinais mais precoces que devemos estar atentos?

  • Perder habilidades já adquiridas, como contato visual 
  • Não se atentar para sons, ruídos ou vozes 
  • Não apresentar sorriso social
  • Baixo contato visual e deficiência no olhar sustentado
  • Baixa atenção aos rostos humanos (preferência por objetos)
  • Apresentar pouca ou nenhuma vocalização 
  • Não responder ao nome
  • Não imitar sons e gestos
  • Baixa interação social
  • Incômodo exagerado com sons altos
  • Distúrbio do sono 
  • Irritabilidade no colo e pouca responsividade no momento da amamentação

Após o diagnóstico, muitos pais se assustam, não aceitam a condição de seu filho, mas é preciso ter calma para tomar as providências necessárias.

Saibam buscar ajuda médica e multiprofissional pois você não está sozinha! 

Vários profissionais ajudam nos cuidados com o paciente: neuropediatras, pediatras, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, entre outros.

Lembre-se: a intervenção precoce é o padrão-ouro para o tratamento pois aumenta o potencial de desenvolvimento social e de comunicação da criança, protege o funcionamento intelectual e melhora a qualidade de vida.

Comunicação diagnóstica e amparo familiar:

O estabelecimento de um vínculo entre o paciente, a família e o pediatra é muito importante no momento do diagnostico, já que a qualidade das informações pode repercutir positivamente na forma como os familiares vão enfrentar o problema, encorajando-os a realizar questionamentos e a participar das tomadas de decisão quanto ao tratamento

Existem ferramentas importantes das quais o pediatra e a família podem utilizar como o kit dos “100 Primeiros Dias” disponível em “www.autismspeaks.org” que disponibiliza vários manuais para download e ajudam em várias dúvidas do dia-a-dia como: estratégias para conduzir o sono, o uso do banheiro, cuidados com os dentes, orientações para inclusão escolar e outras informações.

E o que pode ser feito para amenizar esse período de descobertas em relação ao espectro autista?

1- Adaptar o ambiente:

Para isso, é preciso identificar o que provoca irritação à criança (devido à sua hipersensibilidade). 

Por exemplo, o sono de uma pessoa com autismo pode ser bastante agitado, principalmente na infância. Então, pode-se colocar este espaço longe dos ruídos externos, em um lugar mais silencioso. Essas e outras iniciativas geram efeitos positivos

2-Proporcionar à criança condições de uma vida normal

O fato de seu filho viver com autismo não o impede de viver normalmente. Isso inclui atividades sociais com colegas, tarefas escolares e tudo que uma criança tem direito. As intervenções são as responsáveis por esse tipo de progresso. As terapias são bastante indicadas para proporcionar melhores condições de vida

3-Estabelecer um vínculo entre escola e casa

Esse contato é um dos aspectos mais importantes na vida da criança, pois além de os pais ficarem por dentro de seu desenvolvimento, os educadores podem gerar relatórios acerca dos passos dados pela criança em sua vida pedagógica. Além disso, os resultados obtidos podem ser levados aos terapeutas para análises futuras e melhores intervenções que auxiliarão ainda mais o paciente. 

4- Intervenções dietéticas

Muitos pacientes com TEA apresentam alterações no hábito alimentar, como: aversão, seletividade ou até recusa total de determinados alimentos e comportamentos obsessivos. Existem também associações frequentes com sintomas gastrointestinais, como constipação, diarreia, distensão gasosa e dor abdominal. 

Mas não há comprovação científica que justifique restrições alimentares para pacientes com TEA, pois podem ter prejuízos nutricionais que comprometam seu neurodesenvolvimento, exceto em casos específicos como intolerancia ou alergia alimentar.

5-Terapia Medicamentosa

Quando os sintomas associados ao quadro interferem na qualidade de vida do paciente, muitas vezes é necessário iniciar a terapia medicamentosa. Existem várias opções, como a Risperidona, Quetiapina, Olanzapina, entre outras. Mas o tratamento deve ser individualizado e prescrito após avaliação médica.

Converse sempre com seu pediatra para que o acompanhamento possa ser feito e acalme seu coração. 

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Dra Kelly Marques Oliveira

CRM 145039

Consultório particular em São Paulo: (11) 5579-9090

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