Vocês já estão sabendo da campanha de vacinação contra a gripe?
Desde dia 11 de maio (segunda-feira), o Ministério da Saúde divulgou a abertura da terceira fase da campanha de vacinação contra o vírus influenza, em que serão vacinadas crianças de 6 meses a menores de 6 anos, grávidas e puérperas e pessoas com deficiência.
Mas, Dra. Kelly, quando levar as crianças para tomar a vacina em meio a pandemia de coronavírus? É seguro? Existem cuidados especiais que devem ser tomados?
Calma, pessoal! Vamos entender todas essas questões na ordem correta.
Primeiro, é importante ressaltar que a vacina contra a gripe NÃO PROTEGE CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS, mas é muito importante para proteger o público contra outros tipos de doenças respiratórias que podem impactar diretamente no sistema imunológico, deixando o indivíduo mais vulnerável à outras doenças. O não comparecimento das crianças nas unidades de saúde para realizar a imunização pode até mesmo impactar nas taxas anuais de cobertura vacinal e colocar a saúde de todos em risco daqui para frente. Além disso, com a vacinação contra a gripe, o número de casos suspeitos de coronavírus tende a diminuir, aumentando o número de diagnósticos precisos.
E vale ressaltar também que a vacina da gripe NÃO CAUSA GRIPE, como muitas pessoas acreditam, portanto ela é sim altamente recomendada!
Agora que você já sabe a importância de tomar essa vacina, vamos para outra questão:
É seguro levar as crianças para tomar a vacina em meio à pandemia?
O Ministério da Saúde dividiu a campanha de vacinação em fases para evitar ao máximo o contato entre pessoas que fazem parte do grupo de risco. Sendo assim, os bebês, crianças, gestantes, puérperas e deficientes possuem um período exclusivo para vacinação nesse momento da campanha.
Porém é muito importante que os pais e responsáveis tomem certos cuidados e busquem alternativas que melhor se encaixem para garantir a imunização de seus filhos nesse momento.
Observe abaixo algumas dessas alternativas:
EVITE HORÁRIOS DE PICO: Os postos de saúde estão trabalhando de forma intercalada nos atendimentos, imunizando os grupos de risco em diferentes intervalos. Procure informações sobre tais horários e busque levar seu filho em horários diferentes em que os idosos, por exemplos, estão sendo imunizados.
PROCURE POSTOS DE VACINAÇÃO ALTERNATIVOS: A recomendação é ir ao posto de saúde mais próximo de sua residência, porém é válido pesquisar por sua região se escolas, igrejas ou clubes fechados para suas atividades normais estão realizando imunização.
SE POSSÍVEL, RECORRA À CLÍNICAS DE VACINAÇÃO PARTICULARES: Se você tiver possibilidade de optar pela vacinação de seu filho em uma clínica particular, também é uma opção válida, afinal tais locais costumam ser mais vazios. Além disso, alguns planos de saúde disponibilizam a opção de vacinação domiciliar, ou seja, uma pessoa capacitada vai até sua residência realizar a aplicação da vacina, diminuindo o contato de seu filho com possíveis riscos.
NÃO SE ESQUEÇA DA MÁSCARA E HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: Como expliquei recentemente em um post, não é recomendado que crianças abaixo dos 2 anos de idade façam a utilização de máscaras pois isso aumenta o risco de sufocamento. Porém, crianças acima dessa idade devem SIM fazer o uso da máscara! Além disso, é muito importante manter as normas de higienização como lavar as mãos, passar álcool em gel e colocar as vestimentas para lavar após retornar do posto de saúde. Caso a máscara não seja feita de pano (caseira), ela não é reutilizável e deve ser jogada fora após o uso.
OTIMIZE A VACINAÇÃO: Procure falar com o pediatra ou profissional de saúde responsável sobre a vacinação de seu filho. Caso seja necessário aplicar mais de uma vacina, deixe para realizar a imunização em uma única ida ao posto, mas claro, respeitando sempre as recomendações do pediatra sobre quais vacinas podem ser tomadas no mesmo dia sem que isso represente riscos a criança.
Vale ressaltar que, caso seu filho esteja apresentando sintomas de infecção respiratória como tosse, dor de garganta, febre ou esteja com suspeita de coronavírus, é recomendado NÃO IR a um centro de vacinação. Apenas após passados os sintomas e os 14 dias recomendados de isolamento será permitido a aplicação da vacina.
E, é claro, cabe aos pais também tomar todos os cuidados necessários com sua própria saúde e higiene ao levar a criança para ser imunizada.
ATENÇÃO ALÉRGICOS A OVO: desde 2016 a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) orienta que alérgicos a ovo PODEM e devem ser vacinar contra a gripe! A quantidade de proteína contida na vacina não é suficiente para causar relação alérgica, mesmo em pacientes com a anafilaxia ao ovo. Pacientes com reações graves devem conversar com seu médico antes da aplicação da vacina.
Juntos conseguiremos vencer essa pandemia!
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Dra Kelly Marques Oliveira
CRM 145039
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