Você sabia que a pneumonia é a principal causa de morte em crianças menores de 5 anos?

 

Hoje, dia 12 de novembro, é comemorado o Dia Mundial de Combate à Pneumonia, doença tão perigosa que atualmente é considerada a principal causa de mortes de crianças menores de 5 anos em todo o mundo. De acordo com um comunicado feito pela Unicef em parceria com outras cinco organizações mundiais de saúde, uma criança abaixo de 5 anos de idade morre a cada 39 segundos por pneumonia.

Pneumonia não é brincadeira! Hoje vou focar nas crianças e falar sobre a transmissão dessa doença, seus principais sintomas, melhores formas de prevenção e ainda a relação da gripe com o aparecimento da pneumonia na infância. Continue lendo, mamães e papais!

A pneumonia é uma infecção grave localizada no pulmão e, na maioria dos casos, é provocada por vírus ou bactérias, porém também pode ser causada por fungos, causando alguns sintomas característicos que muitas vezes são confundidos com sintomas de uma gripe comum, prejudicando o tratamento correto da doença.

Entre esses sintomas estão:

  • Tosse constante;
  • Febre acima dos 38°C;
  • Falta de apetite;
  • Aumento da frequência respiratória;
  • Apatia e cansaço;
  • Problemas respiratórios e chiados ao inspirar.

Ainda que esses sejam os sintomas mais frequentes, existe a chamada “pneumonia silenciosa” causada, normalmente, em decorrência de um agravamento de outro problema respiratório. Nesse caso, pode ser mais difícil identificar com clareza os sinais e sintomas, portanto a avaliação médica é imprescindível para que seja feito o diagnóstico correto. Ao notar qualquer um dos sintomas citados acima, também é recomendado consultar um médico para que o pequeno seja avaliado.

Como a pneumonia é transmitida, @pediatriadescomplicada?

A bactéria Streptococcus pneumoniae (ou pneumococo) é o agente responsável por 60% dos casos de pneumonia. Essa bactéria pode ser facilmente transmitida através da tosse, espirro, saliva ou por meio do contato com objetos contaminados de pessoas que estão doentes ou estão com a bactéria presente no corpo, mesmo que não apresente sintomas. Inclusive, crianças de até dois anos de idade e lactentes estão mais sujeitos a contraírem essa doença devido ao seu sistema imunológico não ser completamente formado.

Justamente por essa transmissão ser tão fácil, principalmente em escolinhas onde as crianças têm costume de colocar a mão em tudo e os brinquedos em contato com a boca, a forma mais eficiente de prevenção é a vacinação.

A vacina está disponível na rede pública e particular, sendo dividida em doses para reforço. Na rede pública, a vacina é a Pneumocócica 10 valente, e os pequenos são vacinados em 3 doses: aos 2 meses, aos 4 meses e reforço aos 12 meses. Já na rede particular, a vacina recebe o nome de Pneumocócica 13, e possui os 13 sorotipos mais prevalentes nas doenças pneumocócicas (pode ser aplicada em bebês acima dos 2 meses de vida, crianças, adolescentes e adultos).

Além da vacinação, outras formas de prevenção no caso das crianças são: lavar as mãos regularmente, garantir uma nutrição saudável, não compartilhar mamadeiras, copos e utensílios de cozinha e beber bastante água ao longo do dia.

É possível que uma gripe vire pneumonia?

Crianças gripadas ficam mais vulneráveis, com menor capacidade de defesa em seu organismo, o que é uma grande oportunidade para as bactérias se aproveitarem da situação e causarem a famosa pneumonia bacteriana. Isso ocorre porque, quando a criança está com alguma infecção (seja na garganta ou no ouvido, por exemplo), ela pode acabar inspirando as partículas infectadas com pus e bactérias que acabam se direcionando para o pulmão.

Mas, papais e mamães, cuidado para não se desesperar e confundir uma gripe forte com pneumonia! É claro que em ambos os casos é preciso se atentar a saúde do pequeno, afinal ambas as doenças podem ser sérias, porém é importante diferenciá-las. Se atente aos sintomas: na pneumonia, a febre costuma ser mais longa, o cansaço é maior e o cansaço vem acompanhado de falta de ar e dor.

Ficou com alguma dúvida? Deixe nos comentários! E aproveite para marcar seus amigos e familiares que também tem filhos pequenos para que todo mundo fique por dentro desse tema tão sério.

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Um bjo,

Dra Kelly Marques Oliveira

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Dra Kelly Marques Oliveira

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