Já falamos sobre a abordagem BLW aqui na página para começar a introdução alimentar, estão lembrados? O significado da sigla BLW foi criado pela enfermeira e agente de saúde britânica Gill Rapley e quer dizer Baby Led Weaning, Numa tradução literal, o bebê guia o desmame, mas calma aí!
Não significa que o bebê vai desmamar não!
A partir dos seis meses de vida se inicia uma nova fase na vida dos bebês e dos pais, a fase onde novos sabores, consistências e experiências alimentares serão apresentadas e introduzidas aos poucos em sua dieta. Sabemos que o bebê irá comer os novos alimentos quando estiver pronto, portanto, por que não permitir que ele se alimente também De acordo com sua demanda, como era com o peito até então?
A ideia principal da abordagem BLW consiste em não oferecer diretamente comida em papinha ao bebê, e sim deixar que eles se sentem a mesa junto do restante da família com os alimentos cortados em pequenos pedaços a seu alcance para que as próprias crianças escolham o que levar a boca. O alimento deve estar na mesma consistência oferecida para o restante dos familiares, o que permite uma maior autonomia, uma maior aceitação e maior variedade dos alimentos oferecidos.
E como saber se o bebê já está pronto para começar?
Se o bebê já se senta sozinho, ou seja, possui firmeza no tronco e equilíbrio no eixo central que o faz ter estabilidade para se concentrar, ele já é capaz de pegar os alimentos e levá-los a boca. Normalmente essas características são vistas ao redor dos 6 meses de vida da criança, mas, novamente, não existem regras! Com essa idade, os pequenos já estariam mais preparados para ingerir alimentos que exigem a mastigação, e prova disso se dá justamente pelo fato de a criança já conseguir levar os alimentos até a boca e demonstrar interesse no que os adultos comem.
De acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde, os pais devem começar a oferecer alimentos sólidos e complementares ao peito ou fórmula infantil, aos 6 meses de idade.
A recomendação mais atual da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Ministério da Saúde é que o alimento seja oferecido de forma a permitir a criança explorar o alimento, que pode ser oferecido com garfo ou colher, amassado, mas não há necessidade de peneirar ou bater no liquidificador. O alimento deve ser oferecido numa consistência mais pastosa, e a consistência deverá gradativamente chegar à consistência consumida pelo restante da família e respeitada sempre a aceitação da criança.
Para pensar: se a amamentação é feita em livre demanda e regulada pela própria vontade do bebê, nada mais fisiológico do que seguir a mesma linha de pensamento quando é iniciada a introdução alimentar. 😉
O mais importante é que a introdução alimentar seja feita de forma RESPEITOSA e PRAZEROSA, para bebê e para a família. Que possamos caminhar nessa direção sempre, independente de “métodos”!
Um bjo,
Dra Kelly Marques Oliveira
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