Greve de peito: como lidar com bebês que recusam o peito

zu Hause

No post anterior falamos sobre o que é a greve de peito e como identificar que seu bebê pode estar passando por ela, sem significar que o bebê vai desmamar.

Veja o post aqui: Greve de peito: Meu bebê luta com o peito e não quer mamar, o que fazer?

Quando o bebê faz “greve de peito” é um sinal de que algo está errado. Pode ser dor, desconforto abdominal, dentes nascendo, alguma alergia ou intolerância alimentar, ou mesmo alguma tensão ou fator emocional que pode estar causando isso! Bebês são extremamente sensíveis a mudanças, e quando algo os incomoda usam diferentes “linguagens” para se comunicar.

Qualquer bebê que recusa o peito abruptamente não deve ser considerado desmame natural, mesmo que o bebê tenha mais de um ano!

 

 

A greve de peito é uma maneira do bebê comunicar que algo está errado. O bebê quer mamar, mas pode estar sentindo dor ou desconforto e isso faz com que mame de pouquinho em pouquinho ao longo do dia, com muito choro e lágrimas no meio. Aí bate o desespero, que leva a mais ansiedade e a um ciclo vicioso de luta, choro, pega errada, peito machucado e por aí vai…

É importante manter a calma nesse período, procurar “ler” o seu bebê e fazer com que se sinta bem ao mamar. Lembre-se: isso também passa!

Geralmente esse período dura de 2 a 4 dias, mas pode durar mais. O melhor caminho é tentar manter a calma, descobrir o que pode estar causando a dor (cólica, gases, dente nascendo…) e tentar diferentes posições para mamar.

Inspira, respira, não pira! 

Não importa o motivo, a greve de peito acaba deixando todos aflitos. A mãe se sente frustrada e chateada pela situação, e se preocupa se seu bebê está a rejeitando.  Ela também pode se sentir culpada, pois acaba acreditando que a recusa de seu bebê em amamentar significa que ela fez algo errado. O bebê se sente triste, angustiado e irritado, pois por algum motivo quer mamar, mas não consegue.

É importante lembrar que se o bebê está mamando menos, existe o risco de ingurgitamento mamário, e a mãe deve esvaziar a mama fazendo a ordenha para não correr o risco de evoluir para uma mastite, ou cair muito a produção de leite.

Como manter a mãe e o bebê confortáveis

Enquanto a mãe tenta convencer o bebê de mamar, ela precisará ordenhar o seu leite  nos momentos em que seu bebê mamaria no peito. Isso evitará problemas como ductos bloqueados, ingurgitamento, e mastite.

Você pode também ordenhar o leite de forma manual, ou com bomba manual ou elétrica. Isso é uma habilidade aprendida que com a prática tende a ficar mais fácil e rápido.

A bomba elétrica exige menos habilidade da mãe, pois tem um mecanismo próprio de sucção e liberação automatica, ao tentar imitar a sucção do bebê mamando. A bomba elétrica dupla permite que ambos os seios sejam bombeados ao mesmo tempo, otimizando o tempo.

É importante que você decida como vai dar o seu leite ao bebê nesse período. Como o bebê está rejeitando o peito, é melhor evitar o uso de mamadeiras e chupetas. O bebê pode ser alimentado por copinho quando não estiver mamando no peito, é importante escolher um copo de bordas largas, lisas. Um copo de “pinga” de vidro simples ou um copo de shot de tequila por exemplo, serve perfeitamente. Você também pode utilizar da técnica do “finger feeding”, com o uso de uma sonda de relactação e o seu dedo como meio de sucção do bebê (veja o video abaixo).

Veja abaixo sobre essas técnicas:

  • 2 vídeos sobre Finger Feeding

No próximo post vamos conversar sobre medidas para “superar” essa crise. Não perca!

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Um abraço,

Dra. Kelly Marques Oliveira

CRM 145039

Consultório em São Paulo: (11) 5088-6699

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