Conheça o BLW: método propõe deixar a papinha de lado na alimentação do bebê

 

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Olá gente querida, muita gente me pergunta sobre o tal do método BLW, ou Baby-led-weaning de introdução alimentar. Saiu uma matéria no site www.delas.ig.com.br na qual dou uma entrevista sobre o método e achei legal compartilhar com vocês aqui. Sei que ainda existem inúmeras dúvidas sobre o assunto, por isso, deixem nos comentários o que vocês gostariam de saber!

Segue a matéria na íntegra abaixo!

O método propõe introdução dos alimentos inteiros para o bebê explorar todos os sentidos enquanto come

Ter um filho tem várias etapas difíceis, que vão desde o nascimento até a vida adulta. Uma dessas fases é a introdução alimentar. Quando a criança completa seis meses, chega a hora de introduzir alimentos no cardápio do bebê – que, até então, era composto apenas pelo leite materno.

O jeito tradicional é começar com frutinhas amassadas, papinhas batidas e suquinhos, mas um outro método que surgiu a há algum tempo prega que a introdução dos alimentos seja feita de forma mais natural. Como? A ideia é oferecer as frutas, legumes e até carnes separadamente e em seu formato natural, deixando que a criança inicie a alimentação sozinha.

O método chama-se BLW, a sigla para o termo em inglês baby led weaning, que significa desmame guiado pelo bebê, em português. Mas a pediatra Kelly Oliveira afirma que, apesar do nome, o método não indica que a mãe pare de amamentar: “A criança vai passar a comer gradualmente os alimentos e mamar menos, mas, em menores de 1 ano, o leite ainda é o principal alimento”.

No BLW o bebê se autoalimenta, descobre por ele mesmo como segurar o alimento, com levar à boca e a deglutição”, explica a pediatra, que ainda ressalta que essa forma de introdução alimentar explora todos os sentidos do pequeno.

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Na prática

Caroline Trugillo é mãe de Valentina, de 1 ano e 10 meses, e Raphael, que acabou de completar seis meses. Caroline ouviu falar sobre o BLW no fim da gestação e decidiu pesquisar: “Li bastante a respeito e adorei”, conta.

Ansiosa para testar o método com a filha Valentina, a mamãe começou um dia antes que a pequena completasse seis meses: “Na primeira refeição, cozinhei uma cenourinha, mas errei no ponto e estava meio dura. Ela ficou chupando, mas não comeu. Então, dei uma banana inteira na mão dela e ela comeu todinha. Fiquei surpresa!”. Aos 10 meses, valentina já comia o cardápio da família e, agora, só falta aprender a comer com faca, pois garfo e colher já acompanham o prato dela.

Valentina começou a comer logo depois de ter sido apresentada aos alimentos, mas Dra . Kelly alerta que nem sempre isso acontece: “Cada bebê tem seu ritmo. Às vezes, no começo, pode não comer nada, mas em algum momento vai começar, é preciso respeitar esse ritmo”.

Além da paciência com o tempo que o bebê vai demorar para de fato comer  – e parar de apenas interagir com a comida – é preciso não se importar com a bagunça que a criança vai fazer. Ele vai se sujar e provavelmente sujar o lugar em que está.

Os pais têm muitas dúvidas sobre o método e, para esclarecer, perguntamos para a pediatra Kelly Oliveira, que recomenda o auxílio de um pediatra antes de começar o método. Segundo ela, um especialista vai ajudar com as possíveis dúvidas que surgirem.

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A criança está preparada para começar a comer alimentos inteiros aos seis meses?

De acordo com as últimas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a alimentação complementar ao leite deve ser introduzida a partir dos seis meses de idade. “Com essa idade a criança consegue sentar sozinha, tem controle do tronco, pega os objetos com a mão e leva à boca, começa a mastigação e perde o reflexo de protusão da língua – colocar a língua para fora quando em contato com alimento”, explica a Dra. Kelly, que também alerta que essas habilidades podem ser adquiridas um pouco antes ou um pouco depois por cada criança.

Com a coordenação nesse nível, o bebê já está pronto para interagir com os alimentos inteiros, e passar a comer depois de algumas tentativas

O bebê pode engasgar?

Alguns confundem o engasgo com o “gag reflex”, um reflexo natural da criança. “O gag reflex é uma defesa, não é engasgo. A criança tem uma ânsia quando o alimento atinge a base da língua, então, o bebê volta o alimento para a boca, ou joga para fora”, esclarece a pediatra. No bebê, esse reflexo está exacerbado e diminui com o tempo. Já o engasgo é quando o alimento vai para o local de passagem de ar: “Se tem orientação correta, não tem risco maior de engasgo do que com a papinha. É raríssimo”, diz Kelly.

(um observação minha aqui que não está no post: procurem e treinem a Manobra de Heimlich em bebês. Você encontra muito material confiável também no site www.tanahoradopapa.com, da querida Aline!)

Que alimentos posso oferecer?

Todos os alimentos naturais, que iriam na papinha do bebê, estão liberados. Mas deve haver acompanhamento atento para verificar se o bebê é alérgico ao alimento oferecido.

Como fazer a transição de comer com a mão para o prato com garfo e faca?

A transição deve acontecer de forma natural e tranquila e o segredo é oferecer cedo, de acordo com a pediatra, aos nove ou dez meses, já é possível entregar a colher ou garfinho para a criança. “Basta a gente dar a oportunidade para que ela surpreenda a gente. Ela vai ver os pais comerem com talheres e começa a comer também”, diz a pediatra.

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Espero que tenham gostado gente! Vou escrever mais pra vocês depois!

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Dra Kelly Marques Oliveira

CRM 145039

Consultório particular em São Paulo: (11) 5088-6699/ Whatsapp (11) 93014-0007

Imagens: arquivo pessoal. Fotos autorizadas pelos responsáveis.

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