Hepatite A: pode estar onde você menos espera

 

Olá pessoal! Essa é uma série de posts com esclarecimentos sobre vacinas! Vamos falar sobre uma doença ainda prevalente no Brasil e no mundo, e que felizmente existe vacina para ela!

O que é a hepatite A? 

A hepatite A é uma doença contagiosa causada pelo vírus A (VHA) que é transmitido por via oral-fecal, de uma pessoa infectada para outra saudável e através de alimentos como: água contaminada, folhas , verduras ou vegetais crus ou mal cozidos contaminados, frutas frecas contaminadas, frutos do mar, ostras e mariscos crus ou não devidamente cozidos.

É uma inflamação do fígado que pode atingir tanto adultos quanto crianças de qualquer idade, sendo os vírus mais comuns o A, B e C (no caso estamos falando do vírus da hepatite A somente).

Essa doença é frequente em bebês e crianças pelo fato deles ainda não terem noções básicas de higiene e por levarem brinquedos e mãos à boca, podendo desta forma ingerir o vírus.

Geralmente não apresenta sintomas, contudo, os mais frequentes são: cansaço, inapetência, enjoo/vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura.

Você sabia? 

Ocorre cerca de 1,4 milhão de casos de Hepatite A no mundo, sendo que 2% e 7% dos casos podem levar a hospitalização e à morte.

O Brasil é considerado área de risco para a doença.

Crianças menores de 13 anos representam cerca de 75,6% dos casos notificados no país.

Como evitar a hepatite A? 

  • Sempre beber água filtrada ou fervida.
  • Higienizar bem folhas, frutas e vegetais.
  • Comer alimentos cozidos, quando a procedência é desconhecida.
  • Lavar as mãos antes das refeições e após usar o banheiro.
  • Não consumir frutos do mar crus ou mal cozidos.
  • VACINAÇÃO à partir de 1 ano de idade, sem limite de idade.

É importante seguirmos as recomendações das principais sociedades médicas, inclusive as doses de reforço, para garantirmos que a imunização esteja sempre em dia.

Sobre a vacina

Previne a doença e não se destina ao tratamento, ou seja, estimula o organismo a produzir defesas contra este tipo de vírus, e prevenir essa doença no futuro.

Não protege contra infecções causadas pelos vírus das hepatites B, C e E, e outros patógenos capazes de infectar o fígado.

Forma farmacêutica da vacina

A vacina contra hepatite A (VHA), é uma suspensão estéril contendo o vírus da hepatite A (cepa HM 175) inativado com formaldeído e adsorvido em hidróxido de alumínio. Contém traços de neomicina. Deve ser administrada com cuidado em pacientes com conhecida hipersensibilidade a este antibiótico.

Contra-indicações

A Vacina contra Hepatite A não deve ser administrada em indivíduos com conhecida hipersensibilidade a qualquer componente da vacina.

Cuidados na administração 

A Vacina contra Hepatite A deve ser adiada em indivíduos apresentando doença febril aguda grave. A presença de infecção leve, no entanto, não representa contra-indicação para a vacinação.

A Vacina contra Hepatite A contém traços de neomicina. Deve ser administrada com cuidado em pacientes com conhecida hipersensibilidade a este antibiótico.

Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Esquema de vacinação 

As sociedades médicas SBIm(Sociedade Brasileira de Imunização) e SBP(Sociedade Brasileira de Pediatria) recomendam 2 doses na prevenção da Hepatite A:

  • Primeira dose com 1 ano
  • Segunda dose, 6 meses após a primeira dose.
  •  A vacina também é recomendada para adultos, com intervalo de 6 meses entre as duas doses.

Para quem é indicada (grupos de maior risco) 

  • Para toda criança a partir do primeiro ano de vida
  • Para todo adolescente e adulto pertencente aos grupos alvo: residentes em áreas de alta endemicidade, como o Brasil
  • hemofílicos
  • Pessoas em contato com indivíduos que já tenham a doença.
  • Grupos populacionais específicos com maior incidência de hepatite A.
  • Pacientes com doença crônica de fígado ou com risco de desenvolvimento da mesma.
  • Pessoas para as quais a hepatite A constitui um risco ocupacional no trabalho ou que apresentem um alto risco de transmissão. Nesta categoria incluem-se os empregados de centros assistenciais, médicos, paramédicos, enfermeiros de hospitais e instituições, especialmente das unidades gastroenterológicas e pediátricas, trabalhadores em bueiros, manipuladores de alimentos, entre outros.

Espero que tenha conseguido esclarecer melhor sobre essa doença e a vacina!

Um bjo

Dra. Kelly Marques Oliveira

Pediatra, Alergista e Consultora Internacional de Amamentação (IBCLC) – CRM 145039

Consultório Espaço Médico Descomplicado – São Paulo: (11) 5579-9090/ whatsapp (11) 93014-0007

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